HÁ poucas horas tive o prazer de folhear os números 41-42 da Revista Portuguesa de História do Livro. O seu director, o meu amigo Manuel Cadafaz de Matos, fez questão de me oferecer um exemplar impresso da investigação que as Edições Távola Redonda reuniram em cerca de 900 páginas.
Neste extenso volume de artigos, alguns dos quais tive a oportunidade de ler antes da sua passagem à letra de forma, vale a pena realçar os que resultaram da colaboração de Henrique Pinto Rema, Joaquim Cerqueira Gonçalves e Marc Ozilou, em quase cem páginas sobre S. Boaventura (no VIII centenário do seu nascimento), bem como os vários estudos centrados na «Génese do Franciscanismo no Ocidente Ibérico», na «História da edição da Bíblia (e do Pentateuco em particular)», na «Imprensa Luterana como propagadora de um outro Humanismo pela Fé», na comemoração dos «250 anos da fundação da Impressão Régia» e na divulgação de alguns acontecimentos relevantes sobre a história do livro durante 2018 em Portugal, designadamente a edição fac-similada do Pentateuco de Faro, a inauguração do Núcleo Histórico da Imprensa de Gutenberg e do Pentateuco de Faro e ainda a apresentação pública dos meus quatro volumes de As Artes Gráficas e a Imprensa em Portugal – séculos XV-XIX.
Para quem tem acompanhado os meus artigos sobre a «Impressão Régia / Imprensa Nacional», chamo ainda particularmente a atenção para o interesse e a importância da pesquisa do Professor Manuel Cadafaz de Matos sobre Miguel Manescal da Costa, o responsável e proprietário da melhor tipografia de Lisboa em 1768, e Nicolau Pagliarini, o impressor-livreiro italiano que, durante uma década, assumiria o cargo de primeiro director-geral da Impressão Régia.