Impressão Régia/Imprensa Nacional (1)

Fundada há 260 anos

Palácio de D. Fernando Soares de Noronha. Casa onde a Impressão Regia, com uma renda anual de 700$000 réis, instalou a oficina adquirida a Miguel Manescal da Costa – pormenor do desenho de Barbosa Lima e gravura de Coelho Júnior e João Pedroso.
(Fonte: O Panorama. Lisboa: Typographia Franco-Portugueza, 1866)

Antes de decretada a sua fundação, em 1768, o projecto da Impressão Regia já existia efectivamente desde 1766, designadamente por decisão do marquês de Pombal e a colaboração do impressor-livreiro italiano Nicolau Pagliarini, um anti-jesuíta que se enquadrava no projecto político pombalino, na altura o encarregado das livrarias do Paço e do Real Collegio dos Nobres e aquele que viria a ser responsável pela aquisição de milhares de livros para as bibliotecas portuguesas. Junto ao Collegio dos Nobres, o dito projecto propunha a construção de um edifício em módulos, especificamente destinados a cada uma das artes gráficas, e definia o catálogo de tipos necessários à composição. Orçamentado em sete contos de réis, este plano não foi levado a cabo, certamente devido ao tempo que as obras e a organização das oficinas levariam, mas também às dificuldades com que os seus mentores se devem ter deparado ao imaginarem a contratação de artistas e operários de reconhecida competência.

(in DA ARQUITYPOGRAPHIA À INDUSTRIALIZAÇÇÃO DA IMPENSA, de José Pacheco) – ver livros